Uma das ferramentas mais importantes para o RH mapear percepções dos colaboradores é a pesquisa de clima organizacional, que vem ganhando cada vez mais relevância dentro das estratégias de recursos humanos.
Da efetividade dos novos modelos de trabalho à qualidade da liderança remota, do novo design organizacional aos índices de saúde mental, tudo passa por ouvir pessoas e analisar indicadores.
Segundo pesquisa desenvolvida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP), em 2020, analisar o ambiente e ouvir os colaboradores por meio de pesquisas melhora em até 91% o bem-estar deles.
Mas como usar as pesquisas de clima a favor da saúde mental? É essa pergunta que vamos responder ao longo deste texto. Vamos juntos?
Um levantamento realizado pela Vittude mostrou que 37% dos profissionais brasileiros têm problemas de estresse severo, 59% sofrem de depressão e 63% têm sintomas de ansiedade. Já de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de pessoas sofrendo de ansiedade no país.
Esses números têm motivado uma série de ações, como a campanha Janeiro Branco, que visa promover a saúde mental nas organizações.
Embora o problema seja grande no Brasil, ele não é isolado. Uma pesquisa realizada em 60 países pela consultoria HLL, que pertence à multinacional suíça de recursos humanos Adecco, constatou que 38% das pessoas ouvidas afirmam ter sofrido de burnout ao longo de 2021.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a saúde mental é parte integrante da saúde e do bem-estar de um indivíduo.
Assim como outros aspectos da saúde, ela pode ser afetada por fatores sociais, culturais e econômicos — o que inclui as condições de trabalho.
Falta de transparência, inflexibilidade, pressão excessiva, competição interna demasiada, liderança difícil, longas jornadas e processos caóticos são algumas das causas mais comuns associadas a problemas psicossociais no trabalho. Outro motivo de estresse são os desafios do mundo pós-pandêmico.
Embora os novos modelos de atuação, como o híbrido e remoto, tenham trazido vantagens aos profissionais, existe o outro lado da moeda. Em um relatório recente, pesquisadores da Microsoft constataram que o trabalho remoto pode gerar sobrecarga e sentimentos negativos, como sensação de isolamento, culpa e irritabilidade. Tudo isso deve ser considerado pelo RH.
Quem está com a saúde emocional em dia consegue realizar seu pleno potencial, lidando com o estresse comum da vida cotidiana, trabalhando de maneira produtiva e contribuindo com a comunidade ao redor.
Já para o RH, ter trabalhadores felizes e equilibrados é essencial para manter a produtividade, melhorar os índices de engajamento e reduzir absenteísmo.
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O clima organizacional é a percepção que os colaboradores têm em relação ao ambiente de trabalho. Trocando em miúdos, o que eles pensam e sentem em relação às práticas e os processos da empresa.
Considerado algo vivo, o clima organizacional é construído diariamente com ações práticas que promovam sentimentos positivos, como flexibilidade, comunicação assertiva, diversidade, segurança psicológica, política de remuneração e benefícios adequada e transparência entre líderes e equipes. Ou seja, ele é resultado do conjunto de atitudes e soluções de RH que a companhia desenvolve para valorizar, engajar e motivar as pessoas.
De acordo com o estudo da The University of South Australia, trabalhar em uma empresa tóxica, que não valoriza o bem-estar psicológico dos colaboradores, aumenta as chances de casos de depressão em até 300%.
Para chegar à conclusão, a equipe avaliou o compromisso das empresas com a saúde mental, usando uma escala padrão que pedia aos trabalhadores que concordassem ou discordassem de afirmações como: "A alta liderança considera a saúde psicológica tão importante quanto a produtividade."
"As empresas que não recompensam seus funcionários pelo trabalho árduo, impõem exigências irracionais aos trabalhadores e não dão autonomia estão colocando as pessoas em um risco muito maior de depressão", diz Amy Zadow, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.
A garantia à saúde é um direito humano básico, assegurado pela Constituição Federal de 1988, e os empregadores têm uma série de responsabilidades previstas em lei para garantir o bem-estar dos colaboradores.
Como um pouco mais acima, jornadas de trabalho excessivas, comunicação violenta, acúmulo de função e prazos irreais para a realização de tarefas são algumas das práticas que o RH precisa eliminar do dia a dia da organização.
Por meio de perguntas direcionadas, a pesquisa de clima ajuda a esclarecer e identificar pontos de atenção em relação ao bem-estar dos profissionais.
Com os resultados da pesquisa de clima é possível identificar o nível de satisfação dos funcionários com a liderança, analisar como anda a qualidade dos processos e descobrir se as pessoas estão praticando jornadas exaustivas e com dificuldades para conciliar vida pessoal e profissional.
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A área de gestão de pessoas deve ser a responsável por realizar a pesquisa de clima e também por liderar as práticas que serão implementadas para corrigir problemas e melhorar o nível de satisfação dos funcionários.
Veja, a seguir, vantagens da pesquisa de clima:
Com perguntas objetivas e personalizadas, o RH consegue identificar como andam a liderança, a comunicação e os processos. Essa combinação de informações possibilita repensar rotinas corporativas e trabalhar de forma efetiva na prevenção de problemas como estresse, ansiedade e estafa.
Tipos de pesquisa para mapear o clima organizacional
O eNPS (Employee Net Promoter Score) é uma da ferramenta que o RH emprestou do Marketing para mensurar o nível de satisfação dos colaboradores. A partir dos resultados, é possível constatar se os funcionários se sentem motivados, engajados e se recomendariam a empresa.
Ajuda a compreender como as pessoas estão se sentindo com o trabalho e qual é a percepção geral com as políticas da companhia. Enquanto os profissionais se sentem valorizados e ouvidos, o RH consegue levantar pontos de atenção e tomar decisões mais embasadas.
Tipo de pesquisa que oferece uma avaliação rápida e pontual, a Pulse permite que o RH aprofunde o entendimento sobre um tema específico e mapeia a percepção dos funcionários de maneira direcionada. É bastante utilizada para entender a adesão das pessoas a práticas da companhias, para identificar tendências e para monitorar comportamentos e sentimentos.
Como uma ferramenta que possibilita o feedback constante dos profissionais e facilita a tomada de ações para refinar as políticas internas, a pesquisa de clima precisa ter periodicidade. As frequências mais comuns são:
Você sabia que com Flash People é possível criar e disparar pesquisas Pulse para todos os colaboradores da sua empresa?
Com o módulo de engajamento, o RH consegue elaborar as perguntas e disponibilizá-las no sistema em menos de 3 minutos. As questões são customizadas e o colaborador tem um espaço para fazer comentários adicionais, caso queira compartilhar algum ponto relevante — tudo em uma só ferramenta e com toda segurança e confidencialidade de dados.
“O maior diferencial de Flash People é a facilidade do login único. Toda a informação fica na mesma plataforma, sem que haja necessidade de RH e funcionários acessarem vários sistemas”, diz Gabriela Sucena, gerente de produto da Flash People.
Isso gera uma facilidade para o time de pessoas, que acompanha as respostas em tempo real, e para o trabalhador, que recebe mensagens e pesquisas da empresa direto no app da Flash, já instalado no celular.
"Nosso módulo de engajamento nasce para fortalecer o relacionamento entre empresa e colaborador. O objetivo é que o RH promova uma interação rápida e efetiva com os funcionários, compreendendo sentimentos e avaliando com agilidade como está o clima da companhia”, finaliza Gabriela.
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