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Setembro Amarelo: 8 ações para cuidar da saúde mental dos colaboradores

Descubra como abordar a saúde mental nas empresas durante o Setembro Amarelo. Especialistas oferecem insights e 8 dicas valiosas para criar um ambiente saudável e promover o bem-estar dos colaboradores.

Flash
 
Lançada no Brasil há exatamente dez anos, a campanha Setembro Amarelo chama a atenção para um tema ainda tabu.
 

Seu objetivo é conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio. Esta questão mundial de saúde pública afeta cerca de 1 milhão de pessoas no planeta anualmente e já é uma das três principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil – segundo dados do Ministério da Saúde.

Abordar a questão de forma simplista e pontual é um erro a ser evitado, alerta o ministério. O suicídio deve ser considerado como a consequência final de um processo que envolve a interação de fatores de diversas naturezas, incluindo questões genéticas, culturais e socioambientais.

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Com o passar dos anos, o Setembro Amarelo também se expandiu, tornando-se uma oportunidade para falar de saúde mental de maneira mais ampla, inclusive nas empresas – afinal, o trabalho é o lugar onde as pessoas passam o maior tempo de suas vidas.

Nesta reportagem, trazemos dicas de especialistas para tratar o assunto nas empresas, com um olhar especial para a saúde mental dos colaboradores.

 

O que é Setembro Amarelo e como surgiu?

A campanha Setembro Amarelo foi criada em 1994, nos Estados Unidos, ano em que o jovem Mike Emme, 17 anos, tirou a própria vida. Em seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em uma fita amarela (cor de seu carro), com frases de apoio para confortar quem pudesse estar passando por um momento difícil. Essa ação deu origem a um movimento que visava a prevenção do suicídio, simbolizado até hoje pela fita amarela.

Para além de iniciativas pontuais, como divulgação de orientações relativas à conscientização para a questão do suicídio, medidas preventivas, dicas e contatos, a ocasião é propícia para as equipes de RH, líderes e gestores reverem o clima nas equipes e também as relações com clientes e fornecedores. Mas, principalmente, para pôr em prática uma política de cuidados de saúde mental na organização.

Saúde mental é responsabilidade da empresa

Especialista em felicidade corporativa e liderança positiva, Renata Rivetti afirma que, quando se trata de cuidar da saúde mental dos colaboradores, não basta oferecer programas de bem-estar e benefícios, nem tampouco tratar dos sintomas quando eles já estiverem instalados. “É muito importante trabalhar na causa raiz do problema, que está muito relacionado a um ambiente tóxico”, explica Renata.

+ Para inspirar: conheça as estratégias de Ambev, Danone, Cortex e NovaHaus para cuidar da saúde mental dos colaboradores

Falta de equidade, justiça ou pertencimento, além de desrespeito, desconfiança, assédio moral e exploração são comportamentos que minam a saúde mental de qualquer um.

“Segundo estudo da McKinsey, 70% do Burnout vem do ambiente tóxico. E o que caracteriza isso são abusos, comportamentos não éticos. Às vezes, é sutil, é uma brincadeirinha, uma intimidade que não foi dada. É preciso haver um um letramento de justiça, equidade, inclusão e assédio. Qual o limite? O limite é o que a pessoa sente que passou”, esclarece Renata.

 

De acordo com a ISMA-BR (International Stress Management Association), 72% dos trabalhadores brasileiros sofreram alguma sequela de estresse, sendo que mais de 30% desenvolveram a síndrome de burnout. E, mais recentemente, o burnout digital tem se mostrado como uma nova preocupação para o RH.

Sinais de burnout exigem atenção

Assim como outras condições que afetam a saúde mental, o burnout se desenvolve de forma silenciosa. Logo, é fundamental estar atento para os sinais de alerta:

  • Esgotamento: a pessoa se sente completamente sem energia física, mental e emocional;
  • Distanciamento das relações: devido ao ambiente tóxico, a pessoa começa a se afastar e a desenvolver um certo cinismo, como forma de proteção;
  • Sensação de incompetência: pensa que não dá conta do trabalho e começa a se sentir incapaz, mas não vê saída.

Escutar, entender e caminhar. Para o empreendedor Léo Xavier, essas três palavras indicam o caminho para agir quando há suspeita de que alguém no time possa estar desenvolvendo um quadro de burnout.

CEO da Môre, startup de B2B que atua de forma 100% remota, Xavier lembra que, quando o negócio envolve clientes, o cuidado com a saúde mental deve considerar, também, as relações dos colaboradores com os seus contatos na outra ponta.

“Sabemos que o excesso de trabalho e o ambiente, como relações tóxicas, são as principais causas. Então, trabalhamos de forma preventiva. Ninguém aqui trabalha mais de 8 horas por dia, à noite ou no final de semana. E isso é alinhado com o cliente. Quando há uma exceção, isso é combinado com o colaborador, que pode ou não topar.”

 

Oito dicas para promover saúde mental nas empresas

Com a orientação de Renata Rivetti, selecionamos oito dicas para criar, dentro da empresa, um ambiente saudável e uma cultura de cuidado com a saúde mental:

1. Promover segurança psicológica

Essa é a base do ambiente profissional saudável. Para construir um ambiente psicologicamente seguro, é necessário criar uma cultura de trabalho colaborativo.

Além disso, o RH deve promover abertura para o diálogo. Ou seja, as pessoas não devem ter medo de se expressar, levar suas ideias, tirar suas dúvidas, fazer seus questionamentos e comunicar seus erros.

2. Realizar conversas horizontalizadas

O gestor deve criar, de forma sistemática e com periodicidade, momentos individuais e em grupo para saber como cada um se sente, construindo relações mais humanas.

+ Leia: Como implantar a cultura de feedback na empresa

Com humildade, empatia e gentileza, mostrando sua vulnerabilidade. Seja em rodas de conversa, seja em situações formais ou mesmo de maneira improvisada.

3. Descobrir os pontos fortes

Cultivar uma boa autoestima é fundamental para a saúde mental.

Nesse sentido, líderes e gerentes devem respeitar as competências, as características e as vulnerabilidades de cada funcionário, delegando demandas que possam atender sem sofrimento, que sejam correspondentes ao seu trabalho.

+ Para aprender mais: 10 podcasts indispensáveis sobre saúde mental para você escutar agora

4. Reconhecer e valorizar times

É necessário trabalhar para que as pessoas tenham senso de confiança e de comunidade, criando uma conexão na equipe. Isso se consegue com atitudes simples, como reconhecimento e valorização de suas ações.

5. Evitar sobrecarga

Trabalhar muito não significa trabalhar bem. Na verdade, a sobrecarga de trabalho ou mesmo a normatização da hora extra resulta em improdutividade e distração. Redesenhar a jornada de trabalho é fundamental para equilibrar a vida pessoal e profissional.

6. Celebrar as conquistas

Não apenas em ocasiões extremas, como ao alcançar uma meta desafiadora. Comemorar pequenas conquistas, como uma prática cotidiana, é uma forma simples de aumentar a motivação do time e o senso de dever cumprido.

7. Investir no desenvolvimento humano

A sensação de aprender e, principalmente, de estar evoluindo tem efeito positivo para autoestima e a saúde mental, pois promove senso de realização.

Uma maneira de fazer isso é fomentar a comunicação interna da empresa e criar treinamentos focados no desenvolvimento profissional dos colaboradores. Nossa plataforma Flash People pode ajudar você nesse desafio.

 

8. Criar política de tolerância zero com assédio

De nada adianta essa relação de iniciativas se a empresa continua aceitando gestores que cometem assédio moral com seus colaboradores. É preciso adotar uma política rigorosa contra comportamentos agressivos no ambiente de trabalho.

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