Para celebrar o mês da conscientização e do cuidado com a saúde mental, o Janeiro Branco, preparamos um episódio especial do Flash Talks para discutir qual é o papel do RH neste debate.
No quarto episódio da nossa série de entrevistas com profissionais de recursos humanos que estão fazendo a diferença em suas áreas de atuação, Alana Azevedo, diretora de pessoas e cultura da Flash, conversa com a psicóloga organizacional Andrea Campelo, que acumula passagens por empresas como Unilever, Avanade e Coca-Cola.
Terapeuta shiatsu e estudiosa de bem-estar e saúde, Andrea diz que o RH precisa sair do campo das ideias e partir para ações práticas.
"Há duas formas de o RH atuar. A primeira é reativa, ou seja, deixando o problema acontecer e agindo só quando o colaborador já está com atestado em mãos; a segunda é estratégica, quando a área de pessoas trabalha proativamente na prevenção de problemas emocionais."
Durante o bate-papo, Alana Azevedo levantou alguns números importantes. A executiva mostrou, por exemplo, que hoje mais de 18 milhões de brasileiros sofrem algum distúrbio relacionado à ansiedade — segundo a Organização Mundial da Saúde.
Ela também citou um levantamento realizado pela Vittude que demonstra que 37% dos profissionais têm problemas de estresse severo e 59% sofrem com depressão. Isso sem falar nas pesquisas que apontam que quatro em cada dez trabalhadores já tiveram burnout.
"Os dados mostram que não há outra opção para o RH senão trazer o debate para a mesa e atuar de maneira ativa. Saúde emocional precisa ser uma linha de ação dentro das companhias", diz Andrea, reforçando que isso passa por uma revisão completa das práticas de RH, incluindo política de benefícios, filosofia de remuneração, gestão de performance e estratégias de treinamento.
Alana Azevedo concorda e aproveita para ressaltar que a flexibilização de benefícios é uma das alternativas para aumentar a qualidade de vida dos colaboradores e proporcionar a eles uma rotina mais saudável.
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“Nosso produto tem a funcionalidade dividida em pontos, então o RH consegue segmentar categorias e deixar um saldo exclusivo para os funcionários utilizarem com saúde e bem-estar, de acordo com a sua necessidade”, pontua a executiva da Flash.
Questionada por Alana Azevedo sobre quando a produtividade pode ser tóxica, Andrea é objetiva: “Muitas vezes, as organizações desenham metodologias de performance que não são justas ou incitam uma competitividade exacerbada", diz. "Quando isso acontece, há o risco de a produtividade se tornar tóxica. O colaborador deixa de lado sua individualidade e o autorrespeito para atingir as metas", finaliza.
Quer saber mais?
Veja o episódio #4 de Flash Talks e confira insights para promover saúde mental e prevenir o burnout nas empresas.
Assista ao teaser do Flash Talks:
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