A longa jornada da contratação, que começa na criação do job description da vaga e na definição do perfil de candidato ideal, passa por avaliação de currículos e bateria de entrevistas, pode ser em vão se não for acompanhada por um onboarding cuidadoso, que integre o novo colaborador aos processos, valores e cultura organizacional da empresa.
Uma pesquisa do Brandon Hall Group, empresa de pesquisas norte-americana, descobriu que as organizações com forte processo de integração melhoram a retenção de novos contratados em até 82% e a produtividade em mais de 70%. E, se os estudos apontam que um bom onboarding ajuda a manter os melhores talentos na companhia, um processo mal feito deixa as empresas suscetíveis a turnover e excesso de pedidos de demissões.
Quer saber como criar uma jornada de integração eficaz? Preparamos, a seguir, um guia completo com tudo o que o RH precisa saber para construir um processo de onboarding de sucesso, incluindo a teoria dos 6 Cs. Vem com a gente!
Em tradução do inglês, onboarding significa integração e consiste nas ações que a companhia faz para receber e adaptar novos colaboradores. Para que eles realmente se sintam parte do time e consigam desenvolver suas funções, é preciso que se conectem de fato com a cultura e os valores da empresa onde estão entrando.
Embora o departamento de RH tenha papel imprescindível na integração, os líderes diretos dos novos funcionários também são peças fundamentais para o onboarding de sucesso.
Onboarding e offboarding são dois processos relacionados que acontecem em momentos distintos na jornada de um funcionário em uma empresa.
Onboarding, como dissemos acima, é o processo de integração do novo funcionário: quando ele é apresentado aos colegas, aos líderes, aos processos e às políticas internas da organização.
Esse período é muito importante, pois é a partir dele que o colaborador inicia treinamentos, faz reuniões de kickoff, conhece as novas ferramentas de trabalho, tem dúvidas esclarecidas e passa a se adaptar ao novo ambiente de trabalho.
Já o offboarding é o processo de desligamento do colaborador. Ele pode acontecer por diversos motivos, como encerramento de contrato, desligamento por performance ou demissão voluntária. Durante o processo de offboarding, o funcionário realiza a devolução de materiais, entrega pertences da empresa que estejam em sua posse, como computador e outros equipamentos. Em geral, essa fase inclui também uma pesquisa de desligamento, em que a companhia ouve o funcionário para coletar informações e percepções.
Ambos os processos são fundamentais, pois contribuem para o alinhamento e o engajamento dos funcionários, além de garantir que o ciclo de vida de um colaborador na organização seja concluído de forma eficiente e respeitosa.
As ações que fazem parte do processo de onboarding podem variar dependendo da empresa e do cargo do novo funcionário, mas algumas atividades comuns incluem:
O onboarding é extremamente importante para garantir que novos funcionários sejam integrados adequadamente à empresa, aprendam suas responsabilidades e processos, e se sintam confortáveis em sua nova função. O processo de onboarding é fundamental tanto para a empresa quanto para o novo funcionário, por diversas razões:
O conceito dos 6C's do onboarding foi criado pela professora norte-americana e pesquisadora de relações no trabalho Talya Bauer. Inicialmente, ela desenvolveu os 4Cs, que evoluíram para 5. Em seu site, Bauer fala que adicionou o sexto "C" para colocar ainda mais praticidade ao processo. Juntos, os 6 C's trazem elementos indispensáveis para que tudo seja feito de maneira estruturada e organizada. Venha conferir.
Refere-se a toda parte burocrática, que garante conformidade legal, como contrato, crachá, computador, acesso aos sistemas, entre outros.
Consiste em se certificar de que o colaborador compreende o que é o seu novo emprego e as expectativas relacionadas a ele.
É definido como um estado de espírito. Diz respeito a como os funcionários se sentem sobre o trabalho que vão realizar. E, embora a empresa não possa atuar diretamente neste sentimento, pode criar experiências de integração que ajudem a fortalecê-los.
Trata-se das relações e conexões com outras pessoas que o novo colaborador deve estabelecer.
Uma categoria ampla, que inclui aproximar os funcionários da cultura organizacional, de seus valores e da sua missão.
Está relacionado ao feedback de integração. Inclui receber dos novos funcionários sua opinião sobre o processo. Mas também ouvir a opinião de gerentes das áreas para levantar aprendizados e avaliar o que está funcionando — ou não.
Para a pesquisadora, a importância que a empresa dá a cada um desses estágios é o que determina o sucesso de seu programa de onboarding, mas a maioria das organizações não chega a cumprir todos e normalmente aplica de uma a três etapas.
A partir dos conceitos acima, como fazer então um onboarding de sucesso? Em geral, empresas bem-sucedidas contemplam o onboarding informal e o onboarding formal. Um misto das duas, com bastante atenção à segunda, ajuda a ter um processo mais eficaz.
Quando a integração acontece sem um plano de ação definido, sem processo claro ou um passo a passo organizado e estruturado pela empresa.
Quando a empresa tem um processo e reúne em um material oficial, de fácil acesso, regras, dicas e políticas da empresa que possam ser de interesse do novo colaborador.
Muitas abordagens são possíveis, mas alguns passos são essenciais para que os líderes recebam bem o novo colaborador.
Na semana em que o trabalhador ingressar, o líder deverá manter contato diário para tirar dúvidas e pegar feedbacks. Depois, é importante agendar reuniões de avaliação e feedback em 30, 60 e 90 dias.
Com os modelos de trabalho migrando para os modelos remoto e híbrido, o onboarding precisa acompanhar este movimento. A boa notícia é que a parte burocrática do processo de onboarding pode ficar mais rápida e organizada com a automatização de parte do processo. Para a empresa, a vantagem é reduzir custos, economizar tempo e melhorar a coleta de dados, já que é possível integrar os softwares que fazem esse trabalho com outros de gestão de pessoas, por exemplo.
Permitem automatizar o cadastro dos novos funcionários e o acompanhamento de suas tarefas nos treinamentos, por exemplo, além de definir tarefas específicas para cada novo colaborador, de acordo com sua área de atuação. Com as soluções da Flash People, o RH tem o poder de centralizar a gestão completa de colaboradores em um só lugar, acesse e confira.
Faz reconhecimento facial, comparando a foto de um documento com uma enviada pelo candidato. Ajuda a cadastrar pessoas e validar identidades, reduzindo a chance de falsidade ideológica.
Treinamentos, cursos e workshops fazem toda a diferença para a adaptação do novo colaborador. Mas vale fazer isso de uma forma que não fique maçante. Gamificar o processo é uma chance não só de tornar as avaliações mais divertidas como estabelecer métricas de desempenho e fazer eventuais ajustes de rota.
Programas que permitem envio e assinatura online de documentos são grandes aliados no processo, reduzindo tempo e custos.
Empresas com programas de onboarding fracos ganham menos confiança de seus candidatos e são mais propensas a perder esses indivíduos no primeiro ano de trabalho.
Veja onde o onboarding tem impacto direto:
Colaboradores que compreendem a cultura e o objetivo da empresa em que trabalham tendem a desempenhar suas funções com mais propósito e alinhados aos valores da companhia.
Quando domina as ferramentas e os sistemas, atinge as metas e está alinhado aos objetivos da empresa, o funcionário não perde tempo com burocracias desnecessárias e se sente mais livre para focar no que realmente vai trazer resultado.
Quando compreendem o contexto, os trabalhadores ponderam antes de deixar a companhia. Um onboarding que dá visibilidade da cultura e dos processos pode reduzir os índices de turnover.
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