A análise financeira é um recurso essencial para qualquer plano de negócios. Etapa que antecede o desenvolvimento do novo negócio, esse estudo apresenta hipóteses, testes e tendências de mercado capazes de sustentar a solução idealizada com base em um viés financeiro.
Também conhecido como estudo de viabilidade financeira, ele se baseia em informações e estimativas para orientar os esforços para o negócio. Os principais objetivos são prever e minimizar riscos, visando um investimento mais seguro e, futuramente, lucrativo.
“Quem trabalha com inovação sabe que todo novo negócio envolve risco. A análise preventiva financeira vem para responder, principalmente do ponto de vista dos acionistas, qual é o apetite de risco da empresa”, explica Bruna Mainente, venture leader da Play Studio.
Para que essa resposta seja assertiva, o negócio já precisa ter atingido um certo grau de maturidade. O recomendado é que o estudo de viabilidade seja feito quando a empresa já tenha dados financeiros básicos para analisar.
Nesse processo, algumas dúvidas precisam ser esclarecidas para estruturar uma análise financeira eficiente. Por exemplo, qual o risco de investimento? Qual o potencial de retorno? Essas e outras questões fazem parte do estudo de viabilidade.
Com base em indicadores financeiros, a avaliação ajuda a sanar essas dúvidas e comparar oportunidades e investimentos. As métricas medem o quanto essa solução agrada (qualitativo) e o quanto ela é rentável (quantitativo), mas o que isso significa?
Neste artigo, você compreenderá a importância da análise financeira no plano de negócios. Continue a leitura para encontrar mais respostas.
A análise é fundamental tanto para negócios desenvolvidos com o apoio de uma companhia-mãe, também conhecida como corporate venture building (CVB), quanto para empreendimentos independentes. O momento certo para realizar uma análise financeira faz parte dos primeiros passos da criação de um novo negócio.
Para empreendimentos que nascem de uma corporação, o estudo traz ainda mais responsabilidade. Afinal, ele precisa demonstrar como os recursos financeiros e intelectuais serão empregados e qual a expectativa de retorno.
Ao reunir informações cruciais, a análise financeira auxilia no alinhamento de expectativas e dita as regras sobre até onde o investidor está disposto a ir diante do risco.
Principalmente para modelos de negócio mais disruptivos, o uso das métricas corretas é essencial para um estudo correto. Descubra a seguir quais os indicadores recomendados para uma análise de viabilidade.
A criação de novos negócios é um desafio para corporações que buscam inovar em seus segmentos ou mesmo se aventurar em novos mercados. Por isso muitas optam por contar com o apoio de venture builders para explorar, desenvolver e implementar novos negócios.
Convidamos os venture leaders Gabriel Negrão e Bruna Mainente, da Play Studio, para trazer dicas práticas para realizar uma análise de viabilidade financeira para um novo empreendimento.
Entre as dezenas de métricas financeiras, há três mais relevantes para a validação de um novo negócio durante seu planejamento financeiro. São elas:
Com esses indicadores no verde, uma validação do plano de negócios é – quase – certa. É claro que há diversas outras métricas a serem avaliadas, mas ao cuidar dessas três, há grandes possibilidades de se ter um negócio com potencial de lucratividade futura.
Diferentemente do que acontece no estudo de viabilidade de novos negócios, empreendimentos que já estão em operação precisam de análises financeiras frequentes. Nestes casos, a mensuração é diferente, assim como as métricas essenciais.
Os demonstrativos ajudam a avaliar a viabilidade econômica e financeira do empreendimento no curto, médio e longo prazo. Para isso, três documentos são fundamentais:
O balanço patrimonial apresenta a posição financeira da empresa. Ele consiste em três elementos principais:
Ao analisar o balanço patrimonial, é possível verificar a proporção de ativos em relação aos passivos, bem como de dívida em relação ao patrimônio líquido. Isso possibilita avaliar a estrutura de capital da empresa, sua capacidade de pagamento e sua solidez financeira.
Também serve para obter essas informações e ajudar a determinar se a empresa possui recursos suficientes para cobrir suas obrigações de curto prazo.
A DRE apresenta o desempenho financeiro da empresa, geralmente no período de um ano. Pode ser avaliado em três pilares principais:
A DRE é útil para avaliar a rentabilidade da empresa e a margem de lucro líquido para entender sua eficiência operacional. Além disso, auxilia no exercício de examinar outros indicadores de rentabilidade para se ter uma visão abrangente do desempenho financeiro.
A DFC fornece informações sobre a capacidade da empresa de gerar caixa, investir e financiar suas operações. Essas três categorias funcionam da seguinte forma:
A DFC é essencial para avaliar a entrada e saída do fluxo de caixa da empresa. Serve para monitorar se esse fluxo está positivo mediante as atividades operacionais e de investimento, além de auxiliar no entendimento de se os valores alocados estão bem alocados, gerando retorno financeiro.
Seja em novos negócios ou naqueles já existentes, a análise financeira tem um papel fundamental para orientar decisões estratégicas, minimizar riscos e acompanhar a saúde financeira da empresa. Parte essencial de um plano de negócios, esse estudo é uma das ferramentas mais importantes para desbloquear o potencial de lucratividade de uma empresa e o crescimento sustentável dos negócios.