Assim como em qualquer departamento, a gestão financeira da empresa tem sua hierarquia com funções específicas. Muito além de apenas pagar contas, é responsável por guiar toda a base monetária da companhia.
Entre as funções da gestão financeira está a responsabilidade por manter a operação saudável e totalmente regular perante as tributações.
Mas como essa tarefa é cumprida?
Contas a pagar e a receber, gestão de impostos, planejamento financeiro, fluxo de caixa, reembolso de colaboradores e diversas outras atividades precisam ser realizadas com atenção.
Para isso, no entanto, é preciso entender o que é responsabilidade de cada função e contar com profissionais especializados e competentes. Uma gestão financeira lucrativa e eficiente passa, necessariamente, por uma boa equipe.
A seguir, vamos apresentar as 4 funções da gestão financeira mais importantes para qualquer negócio. Independentemente do porte, a empresa que conta com essa hierarquia base já sai na frente dos seus concorrentes no quesito de organização e, consequentemente, resultados.
Essa função, como o próprio nome sugere, cuida das contas a pagar. Trata-se dos responsáveis por organizar toda a entrada e saída de capital do caixa.
É um trabalho muito importante para que o negócio esteja alinhado com seus gastos. O profissional de Contas se dedica a gerenciar, mas não será quem realiza as cobranças, por exemplo. Isso é responsabilidade do nosso próximo tópico: a Tesouraria.
É a função que também está diretamente ligada ao caixa, mas de uma maneira diferente. Enquanto a equipe de Contas cuida da gestão de pagamentos, é a Tesouraria quem trabalha para que isso aconteça.
Após receber o planejamento, a Tesouraria efetua os pagamentos e também garante o que deve ser recebido pela empresa.
No caso do reembolso de despesas aos colaboradores, por exemplo, é preciso ficar atento para evitar risco de fraudes. Ressarcir os profissionais após viagens ou reuniões externas é uma tarefa que demanda atenção aos detalhes, além da tecnologia adequada.
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Todas as operações financeiras passam pelas mãos desses profissionais, que, então, enviarão as informações ao próximo setor, o Contábil.
É o setor que registra todas os dados financeiros das operações realizadas pelos outros setores. A equipe contábil organiza e documenta tudo para ter um controle dinâmico sobre os passivos e ativos da empresa.
Além disso, a contabilidade também avalia as alterações no valor de capital, calculando o lucro e despesas da empresa. Isso mantém todas as informações alinhadas com a Receita Federal e outros órgãos reguladores.
O responsável dessa área normalmente é um braço do setor contábil. Ele mantém contato com a Receita para garantir que a companhia está de acordo com as regulações tributárias necessárias, além de criar calendários e projeções para o pagamento dos impostos em dia.
É essencial a sinergia entre contabilidade e gestão de impostos para que não haja nenhuma confusão que possa afetar a integridade legal da empresa. Caso contrário, pode causar multas e punições pelo fisco.
Dentro de qualquer organização, independentemente do porte, é preciso desempenhar bem essas 4 funções da gestão financeira.
Com elas em dia, sua operação será muito mais saudável e terá margem para um crescimento sólido e constante.
Antes de pensar na estrutura do seu time é necessário entender o atual momento da empresa.
Uma forma mais simples de entender tudo isso é partindo do porte do negócio. Pensando nas grandes, médias e pequenas conseguimos definir 3 tipos diferentes modelos de estrutura para cada uma delas.
Lembre-se: não existe receita pronta para essa estruturação. Analise os três modelos e tome a liberdade para alterar, adicionar ou combiná-los para atender a sua operação da melhor maneira.
Vamos começar pelo topo. Normalmente, nas grandes empresas, há diretores para cada área, que respondem diretamente aos sócios ou o quadro C-Level.
O diretor financeiro é responsável pela gestão de todo o departamento. Nele, estão profissionais como coordenadores da tesouraria e contabilidade, tendo ao menos um assistente cada um.
Por fim temos um auditor interno, que se encarrega de conferir se tudo está correndo dentro da política da empresa.
A grande diferença, em relação a uma grande companhia, é a quantidade de pessoas. Neste modelo, temos um diretor financeiro amparado por analistas de contabilidade e tesouraria. Por fim, temos um colaborador dedicado à controladoria.
Essa mudança no final acontece porque as empresas desse porte normalmente não possuem estrutura para uma área de controladoria. Sendo assim, o planejamento orçamentário é centralizado no financeiro, através de um controller.
Nas pequenas empresas é preciso contar apenas com o necessário. Por isso há apenas dois responsáveis no setor: um líder financeiro e um analista de tesouraria.
Ambos centralizam todas as operações monetárias, podendo, quando necessário, terceirizar serviços como a contabilidade. Esse é um modelo muito comum em PMEs por todo o Brasil, o que facilita encontrar terceirizados de qualidade.
Essas são algumas sugestões de como estruturar o setor financeiro dentro da empresa. É possível perceber que todas as funções da gestão financeira citadas no início desse material estão presentes.
Não se esqueça que esses modelos podem e devem ser adaptados a realidade do seu negócio. Cada empresa tem sua particularidade, com objetivos e modo de operação, por isso não pense nisso como algo fixo. Alterações serão sempre bem vindas para oferecer mais agilidade e resultados dentro do seu financeiro.
Ter processos bem estruturados é a chave para ganhar tempo e produtividade. Com essa otimização, é possível entregar mais e ter uma equipe mais enxuta.
Se você está estruturando o departamento em sua empresa, dê uma atenção especial para os processos antes mesmo de pensar em contratar ou demitir. Só assim será possível entender a importância da gestão financeira e realizar o movimento correto.