No terceiro dia do RH Summit, a palestra Reflexões e práticas de autocuidado para o time de RH foi guiada por Socorro Silveira, diretora de desenvolvimento organizacional da Fortes, e Isabel Holanda, head de educação digital e conteúdo da Fortes.
A palestra teve como tema principal o “Quem cuida de quem cuida?”, abordando sobre a saúde mental dos profissionais de RH. Falou-se sobre os novos modelos de trabalho, as reestruturações de processos com pouco tempo hábil, a maior fragilidade das pessoas e a necessidade de tomar decisões em um cenário nebuloso, pautado pela pandemia de Covid-19.
O painel falou a sobrecarga do RH em estar à frente das pessoas nesse período. Com isso, foi levantado o questionamento: como o RH se percebe?.
Nesse sentido, a palestra reflete sobre o fato de que a gestão de pessoas percebe todas as necessidades dos colaboradores e da empresa, mas esquece de se perceber, ou seja, não mapeia as novas necessidades oriundas do momento atual.
As palestrantes ainda apontam que 80% do último ano foi destinado a pensar nos profissionais de outras áreas, mas não pensaram neles próprios; não há uma reflexão sobre os processos pessoais que esses profissionais estão passando. Assim como outros setores, o RH também não foi avisado e não estava preparado para esse momento pandêmico e suas reverberações.
Alguns pontos complicados que o setor de RH está passando foram levantados:
Essas e outras questões refletem que o mercado deseja que o setor de gestão de pessoas cuide das pessoas, mas o próprio mercado não cuida dessa gestão, que também precisa ser acolhida e entendida dentro dos processos.
“Quando entendemos o porquê da nossa atuação, conseguimos entender melhor o propósito da nossa área e de estarmos ali, dentro das organizações” – Isabel Holanda
A palestra ainda mostra que é possível enfatizar o humano, e não apenas as empresas.
“É possível aumentar a produtividade sem desgastar o colaborador física e mentalmente” – Isabel Holanda
Também foi pensado como trabalhar a saúde de forma integral, a inteligência emocional e a necessidade de entender os motivos da própria existência, a própria atuação e seus objetivos.
“O RH é o grande responsável por mudanças endógenas, de dentro para fora das organizações” – Isabel Holanda
Caminhando para o final do painel, foi debatido que é necessário ressignificar o lugar do RH junto à liderança, uma vez que ela é responsável por gerir pessoas com o apoio do RH.
“Estamos sempre apoiando as empresas e os líderes a encontrarem e buscarem as resposta para as dores que temos vivenciado como organização" – Isabel Holanda