O segundo dia do RH Summit contou com a palestra Pequenas empresas com gestão de Gigante, apresentada pela head de Marketing Digital e vendas da Great Place to Work (GPTW), Caroline Maffezzolli.
Maffezzolli contou um pouco sobre o investimento em um ambiente de trabalho bom, recortando nas pequenas empresas, e suas estratégias de aprimoramento das relações de trabalho e gestão de pessoas, o que acarreta a conquista de boas posições no mercado.
Caroline começou o bate-papo comentando que ouvir as pessoas causa o desenvolvimento de uma expertise em relação ao que os colaboradores acreditam que é um bom ambiente para se trabalhar, e acrescenta que se tornar um excelente local de trabalho é possível para todas as empresas, independentemente do seu tamanho.
A head pontuou as mudanças que o mundo trabalhista vem passando, essencialmente após a pandemia de Covid-19. Segundo ela, diversas pequenas empresas deixavam para contratar um RH quando fossem mais maduras, mas notaram que, após o período pandêmico, ter um profissional capacitado para gerir é essencial, principalmente para a manutenção da cultura da empresa e dos negócios.
Dessa forma, muitas delas decidiram estruturar sua área de RH do zero, realizando benchmarking com outras empresas que já são destaques no quesito de excelência em ambientes de trabalho.
“É importante ser um excelente lugar para trabalhar porque isso é bom para as pessoas e para os negócios" – Caroline Maffezzolli
Caroline ainda mostrou que, quando trabalhamos em um local onde podemos ser nós mesmos, automaticamente nos tornamos pessoas melhores, o que é ótimo para o mundo e para a prosperidade dos negócios. Pequenas empresas vêm representando com grande força essa questão de gestão de pessoas.
Na palestra, foi observado que, normalmente, pequenas empresas em estágios iniciais se preocupam apenas com os pilares das finanças, dos clientes e dos processos. No entanto, elas já vêm percebendo que o diferencial e inovador é também investir em gestão de pessoas, já que ter indivíduos engajados e comprometidos com a empresa faz toda a diferença. Assim, as empresas já possuem a mentalidade de colocar as pessoas no centro das estratégias, construindo relações de confiança.
Maffezzolli apontou que o primeiro passo para construir um ambiente de confiança é ouvir as pessoas em qualquer período, estabelecendo uma relação mais clara entre líderes e colaboradores e adquirindo, assim, além da confiança, o engajamento.
Foi observado que quanto mais alto é o número de feedbacks que o gestor oferece para sua equipe durante o ano, mais alta é a confiança. Além disso, construir uma relação de confiança causa uma aproximação com os líderes, reduzindo a figura do líder hierárquico e estimulando mais autonomia e liberdade para trabalhar.
As empresas estão preocupadas em preparar líderes para cuidar de estratégias e dos resultados, mas eles também devem cuidar das pessoas.
“Precisamos estar atentos e preparados para cuidar das pessoas” – Caroline Maffezzolli
A profissional fala que pequenas empresas não têm medo de experimentar novas relações com seus colaboradores, e que isso é importante, já que, assim, descobrem-se novas formas de realizações. Com a confiança como base, criam-se práticas customizadas, oferecendo experiências que mostram valor.
Outros pontos observados durante a palestra sobre essas empresas foram o estímulo à diversidade, a preocupação com a jornada do colaborador de forma integral, a medição dos resultados das ações e o benchmarking com outras empresas que já passaram por situações semelhantes. Além disso, segundo Caroline, o RH gosta de pessoas, mas também gosta de números e os analisa.
“Medir, aperfeiçoar e coletar melhores resultados" – Caroline Maffezzolli
Caminhando para o final da palestra, foi observado que empresas que investem no ambiente de trabalho geram resultados mais positivos, reduzindo a rotatividade voluntária e sendo mais atrativas e rentáveis.
Também foi comentado sobre as mudanças nos pontos que atualmente são valorizados por pessoas em relação ao ambiente de trabalho. Privilegiam-se mais experiências com significado e propósito, com mais flexibilidade, sendo mais informais e menos hierárquicas.