A análise comportamental é o momento em que o recrutador volta o seu olhar para a personalidade dos candidatos, com o foco em suas soft skills – isto é, na forma como o profissional lida com as outras pessoas e com suas próprias emoções em situações diferentes.
Essas competências também podem estar relacionadas a trabalho em equipe, comunicação, colaboração, temperamento e visão de mundo, por exemplo, sendo importante avaliá-las para saber se o perfil do candidato se encaixa na cultura da empresa.
Continue a leitura para saber mais sobre a análise comportamental nos processos de recrutamento e seleção!
Esse tipo de análise deve ser feita com o objetivo de classificar padrões de comportamento nos profissionais com base em fatores como genética, cultura e experiência de vida.
Com esse foco em mente, o primeiro passo é mapear as skills esperadas para o cargo. Se a contratação for de um gestor, algumas habilidades mapeadas podem ser a facilidade com a comunicação, orientação a resultados e liderança, por exemplo.
Depois, passa-se à avaliação dos candidatos. Para isso, é importante realizar uma entrevista, na qual são feitas perguntas voltadas à responsabilidade, comprometimento, situações hipotéticas, foco, resultados, experiências, contratempo, proatividade e por aí vai.
Alguns exemplos de perguntas feitas na análise comportamental são:
Com essas e outras perguntas, o avaliador consegue identificar as competências comportamentais do profissional com facilidade. Caso ele apresente soft skills coerentes com o que é esperado pela empresa para o cargo em questão, a contratação terá muito mais chances de ser bem-sucedida.
Além da entrevista, existem outras formas de saber qual é o perfil do candidato – como é o caso dos testes comportamentais, que podem ser feitos com a ajuda de softwares ligados a conceitos de RH 4.0 ou presencialmente, de forma manual. Dentre as opções disponíveis no mercado, veja as que mais se destacam nos processos de recrutamento e seleção:
A metodologia DISC visa reconhecer o perfil comportamental de cada pessoa por meio de 4 vertentes: dominância, influência, estabilidade e conformidade. Para fazer esse teste, basta pedir ao candidato que escolha os seus principais adjetivos entre dezenas de opções, como sociável, confiante, inspirador, cauteloso, ouvinte e modesto.
O teste STAR – que significa situação, tarefa, ação e resultado – é feito a partir de situações reais vivenciadas pelo candidato. O avaliador faz perguntas relacionadas a desafios que o indivíduo teve que enfrentar durante sua carreira e como ele avalia o que aconteceu, qual foi a sua responsabilidade perante a situação, como ele lidou com a questão e quais foram os resultados gerados pelas suas ações.
Já a metodologia de recrutamento Big Five tem como foco a identificação de 5 traços de personalidades nos candidatos: estabilidade, extroversão, originalidade, consolidação e acomodação. Para entender as forças dos indivíduos, é feito um questionário com perguntas voltadas ao dia a dia hipotético de trabalho e, ao final, a combinação dos traços do candidato pode o qualificar como um bom fit para o cargo.
A identificação de comportamentos no processo seletivo pode tornar um candidato excelente para a função ou uma opção de alto risco para a empresa. Dentro disso, diversos tipos de comportamentos são esperados para diferentes vagas, sendo um dos mais importantes “ter iniciativa”.
Profissionais proativos e que têm iniciativa são muito procurados pelas empresas, mas, ao mesmo tempo, essa característica é bem difícil de ser avaliada. É claro que se o recrutador perguntar ao candidato se ele tem iniciativa, ele dirá que sim, pois sabe que é uma qualidade importante.
No entanto, para saber verdadeiramente se um candidato tem iniciativa, é melhor buscar essa característica de forma mais sutil. Algumas práticas que podem ajudar são as dinâmicas de grupo em que uma situação é passada para alguns candidatos e eles devem trabalhar em equipe para resolvê-la.
Há também as dinâmicas que não são “avisadas” aos profissionais, como no caso de entrevistas em que os candidatos são colocados em uma sala de espera e um jornal é posto sobre uma mesa nessa mesma sala.
Dentro do jornal, há um bilhete avisando que o primeiro participante a vê-lo pode adentrar na sala de entrevista. Dessa forma, o avaliador percebe quem utilizou o tempo de espera para fazer algo produtivo, como ler o jornal, nesse caso.
Obviamente, o candidato não será avaliado apenas por essa ação, mas esse tipo de dinâmica é muito interessante para absorver informações que nem sempre seriam expostas com total transparência em uma entrevista.
Veja as principais vantagens de fazer a análise comportamental durante o processo de recrutamento e seleção:
O alto turnover, ou rotatividade, é um dos principais pontos de atenção para o setor de Recursos Humanos (RH). Muitas vezes, a empresa faz contratações com base apenas no currículo do candidato, sem entender se ele se adequa à sua cultura, o que faz com que, com o tempo, o colaborador perca sua motivação e propósito, pedindo demissão.
Por isso, além do currículo, é importante analisar o perfil comportamental do profissional para, só então, entender se ele tem boas chances de ter uma carreira bem-sucedida na empresa.
É possível reduzir custos com a análise comportamental dos candidatos, pois isso faz com que as contratações sejam feitas de maneira mais eficiente. Candidatos com soft skills muito diferentes do que é esperado para a vaga tendem a ter uma passagem curta pela empresa, o que acarreta custos de demissão e treinamento de novos colaboradores.
Por fim, é muito mais fácil motivar e reter colaboradores talentosos que têm um perfil coerente com a cultura da empresa. Isso pode ser avaliado na análise comportamental e depois trabalhado por meio do desenvolvimento contínuo do profissional para que ele se torne um verdadeiro ativo.
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