O papel da diversidade na inovação

Quando uma empresa é formada pela diversidade, cada pessoa pode trazer para o centro da discussão seu ponto de vista particular.

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Texto em parceria com a Think Work

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Pode ser que, em alguns anos, as bananas não existam mais.

O motivo? Uma espécie de fungo capaz de atacar plantações de banana nanica de forma cada vez mais agressiva. E como essas frutas são clones de bananeiras plantadas anteriormente, elas seriam incapazes de se diversificarem, evoluírem e se tornarem resistentes ao fungo.

Se de fato a banana irá sumir ou não ainda é um debate entre cientistas. Mas o problema mostra o quanto a diversidade é importante para a sobrevivência de uma espécie.

E o mesmo vale para as empresas. Ao ter um time padronizado, que passou pelas mesmas experiências, a companhia vai repetindo ideias, comportamentos e visões – e fica sem recursos para atuar diante das adversidades (e oportunidades) que aparecem pelo caminho. Para contornar os obstáculos é preciso inovar, trazer soluções diferentes para velhos problemas.

Uma companhia que empregue na grande maioria homens brancos e cisgêneros, formados em universidades renomadas, por exemplo, dificilmente conseguirá desenvolver um produto ou serviço que atenda os consumidores das Classes D e E – um mercado significativo no Brasil.

Com um time diverso, que englobe diferentes faixas etárias, etnias e classes sociais, por exemplo, as chances de entender a realidade da população e de criar produtos atraentes é maior.

A diversidade contribui para a inovação – e isso foi provado em pesquisas. Para se ter uma ideia, um estudo feito pela consultoria Deloitte aponta que times diversos tendem a ser 20% mais inovadores. Outro levantamento, esse da consultoriaJosh Bersin, indica que organizações inclusivas têm 1,7 mais chance de serem líderes em inovação no mercado em que atuam.

Quando a diversidade chega na liderança, os resultados são ainda mais expressivos. Uma análise realizada com 1800 profissionais, publicada na revista Harvard Business Review em 2013, já mostrava na época que companhias com diversidade na liderança tinham 45% mais chance de reportar crescimento de marketshare e 70% maior probabilidade de ter dominado um novo mercado, em comparação com aquelas com quadros similares.

Por que a diversidade leva à inovação? Porque ideias “fora da caixa” vêm de pessoas com experiências variadas.

Quando uma empresa é formada por profissionais com vivências diversas, cada uma pode trazer para o centro da discussão seu ponto de vista sobre determinado assunto. Talvez o grupo discuta mais e os indivíduos sejam desafiados por opiniões diferentes – e é justamente esse debate e essa pluralidade de visões que fará o time enxergar problemas e oportunidades de forma mais ampla.

Segundo a professora da Escola de Negócios da Universidade de Columbia, Katherine Philips, a diversidade força as pessoas a usarem a inteligência cognitiva de uma forma que a homogeneidade não consegue. Ao serem expostos a visões diferentes, os indivíduos precisam elaborar e defender melhor cada ideia para chegar a um consenso.

As muitas vozes da diversidade

Contudo, se os resultados das pesquisas servem de argumento para justificar o investimento em diversidade – principalmente quando é preciso convencer líderes conservadores, de pensamento capitalista –, eles não deveriam ser a principal razão para os programas de diversidade. A motivação deveria ser a de construir um ambiente corporativo que reflita o conjunto da sociedade.

Será que o quadro da empresa tem uma proporção de homens e mulheres, brancos e negros similiar ao da população brasileira? E quanto a pessoas com mais de 65 anos ou LGBTQIA+? A pauta da diversidade tem cada vez mais sido cobrada pela sociedade. E as companhias que deixarem esse tema de lado podem enfrentar problemas.

Por outro lado, quando grupos tidos como minoritários têm voz no ambiente corporativo e os líderes valorizam as diferenças, todos os colaboradores se sentem à vontade para contribuir e defender suas ideias. A liberdade de ser quem é no trabalho leva a um maior senso de pertencimento – e isso está ligado a um aumento de 56% no desempenho no trabalho, uma queda de 50% no risco de turnover e 75% menos absenteísmo por motivos de saúde.

Para ter um ambiente - de fato - diverso, é preciso trabalhar a cultura corporativa para que ela seja acolhedora para todos. Não só é importante a empresa ter diferentes públicos, como também que todos tenham espaço para contribuir, se desenvolver e participar de forma ativa. Assim é que o caminho para a inovação se abre.

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