RH

Mais que uma boa causa

Por Flash · 24 ago 2021
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Foi dada a largada para o segundo dia do evento RH Summit, e o primeiro palestrante foi Rodrigo Santini, líder da marca e missão social da Ben & Jerry’s Brasil.

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O tema da palestra foi Mais que uma boa causa, em que o convidado abordou a perspectiva das empresas ativistas e a importância das causas, especialmente no que tange à contratação e à retenção de talentos.

A curadoria foi realizada por Marc Tawil, co-host do RH Summit, que fez uma introdução sobre a Ben & Jerry’s Brasil e perguntou o que é o ativismo corporativo e como ele funciona.

O palestrante iniciou a sua fala diferenciando o ativismo do Marketing de Causa. Enquanto o primeiro trata de causas e de realmente fazer uma transformação em uma região, local ou espaço, o segundo tem como foco a aproximação com o consumidor.

No caso do ativismo, o consumidor vem como consequência, mas não é o drive principal. O trabalho é profundo e sério, tendo como foco fazer uma mudança real; a métrica utilizada é a da transformação, e não a da aproximação com o consumidor.

Durante a palestra, o curador comentou sobre as maiorias minorizadas, como as mulheres, o grupo LBGTQIA+, as pessoas com deficiência (PCD), entre outros. Foi perguntado se o palestrante sente que estamos caminhando em conjunto com essas causas.

Rodrigo explicou que, dentro das empresas, é preciso ter diversidade (com a contratação de pessoas que fazem parte desses grupos), inclusão (no sentido de trazer os colaboradores desses grupos e aproximá-los à cultura da empresa) e equidade (quando há um entendimento de que pessoas diferentes têm necessidades diferentes).

Além disso, foi ressaltado que já há uma predisposição das marcas a fazer um trabalho pautado em diversidade, o que é muito bom. Porém, é preciso olhar para o currículo oculto do colaborador para entender o que ele pode trazer de diferente, agregando isso às empresas.

Também foi abordado na palestra que a Ben & Jerry’s já está em 38 países e que, mesmo nos países onde há uma barreira maior em relação às questões LGBTQIA+, por exemplo, a marca continua trabalhando junto à sociedade civil para deixar um legado. Inclusive, existe o diálogo com o poder legislativo.

Não é mais aceitável que as empresas não se posicionem em relação a injustiças sociais e climáticas. Por isso, as organizações cada vez mais têm voz e fazem pressão para que haja transformações.

Em relação ao que as empresas podem fazer para melhorar essas questões, foi trazido que muitas organizações atuam em um processo de mitigação de riscos e danos que causam ao meio ambiente.

Porém, isso não é mais o suficiente. É preciso falar sobre igualdade, o não preconceito... afinal, esses valores já estão até no código de conduta das empresas.

“Estar em cima do muro não tem mais espaço na nossa sociedade” – Rodrigo Santini

Rodrigo explicou que as empresas têm contado mais com pessoas que estão dentro de grupos que passam por dificuldades, e elas são e vão ser líderes de empresas, demandando que transformações ocorram.

“A diversidade de hoje é o ativismo de amanhã” – Rodrigo Santini

Dessa forma, é importante que as áreas de Marketing, Compliance e Relações Governamentais trabalhem agendas de ativismo social e diversidade.

Além disso, foi tratada a questão da voz que a empresa tem perante essas causas. Na visão do palestrante, o que as empresas fazem é aumentar as vozes que já existem na sociedade; elas não criam causas e nem tomam o lugar da sociedade civil, mas ajudam a dar visibilidade a elas.

Santini diz que “Ninguém deve estar calado, mas cada um deve reconhecer as potencialidades e também os desafios de estar no lugar que se está”.

O palestrante comentou que o aspecto político das pessoas e das empresas não está ligado a partidos políticos ou candidatos, mas sim a um modo de vida baseado na estrutura em que vivemos. Trata-se do modus operandi da sociedade e da nossa vivência política. Dessa forma, é preciso se posicionar.

“Silenciar não é ser neutro. É assistir a um processo e aceitá-lo como ele é” – Rodrigo Santini

Rodrigo também explicou o slogan da marca – Paz, amor e sorvete – e como a empresa utilizou o sorvete para ajudar na transformação do mundo. Isso foi feito com a questão do espaço da empresa no mercado e as mudanças que ela pode trazer.

“O sorvete é muito bom, o sorvete é muito gostoso, mas ninguém precisa de sorvete. O que o mundo precisa é de mais compaixão, e se o nosso sorvete puder ser um facilitador dessas discussões, por que não?” – Jerry Greenfield

Foi abordada a questão do ódio e da intolerância, assim como a dificuldade de manter o ativismo quanto a isso. Sobre esse aspecto, Santini disse que é preciso ter clareza de valores, combater a desinformação, e não entrar em uma batalha de ódio, mas aprofundar as questões.

Em relação às causas principais, as “causas do momento” e sobre como a empresa faz em relação a essa mudança de pautas, Rodrigo respondeu que a sua empresa preserva as causas principais, mas faz intersecções entre as que estão mais em voga no momento.

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