Para o Banco Central do Brasil, a “governança financeira é um conjunto de políticas, regulamentações, práticas, mecanismos, instrumentos e instituições voltadas para a organização, administração, fiscalização e desenvolvimento dos sistemas financeiros”. Ela visa adotar princípios éticos e boas práticas nos processos financeiros das organizações.
Nas corporações, a governança financeira está atrelada ao bom uso e gestão dos valores monetários, de modo que as receitas e despesas das empresas estejam dentro do controle e de acordo com as políticas internas e externas.
É entendida como o método pelo qual uma empresa coleta, gerencia, monitora e controla suas informações financeiras. Inclui as políticas e procedimentos usados para rastrear suas transações financeiras, gerenciar o desempenho, monitorar estatísticas, compliance, operações e divulgação de dados.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), os agentes de governança devem prezar pela viabilidade econômica das empresas em termos financeiros, intelectuais, humano-sociais, ambientais e reputacionais, objetivando a otimização e preservação do capital.
Nesse sentido, a utilidade da governança financeira é garantir a precisão das informações corporativas, a emissão de relatórios e divulgações financeiras condizentes com a realidade, e a elaboração de orçamentos, planos e modelos através de procedimentos corretos.
Isso tudo enquanto protege o negócio de fatores e riscos que impactem negativamente seu desempenho, e mantêm os compromissos com a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa.
O Ministério dos Negócios, Inovação e Empregabilidade da Nova Zelândia destaca, em seu guia, determinados benefícios ao se aplicar uma boa governança financeira tais como:
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), esforços para medir o impacto das melhorias da governança ganharam maior atenção a partir de 1990, através da premissa de que a adoção de boas práticas influenciavam positivamente o desempenho das empresas. Entre elas:
Além disso, dados do mesmo relatório mencionam que, para empresas listadas em bolsa de valores, os benefícios mais notáveis foram os efeitos positivos no valor das ações, liquidez e composição da carteira de investimentos.
Denise Seiler, CFO do Accountfy, afirma que determinadas práticas além de impulsionar a adoção de uma boa governança financeira, também representam uma melhora na agilidade e qualidade dos processos financeiros e de suas entregas, tais como:
Zahra Al Nasser, especialista em governança corporativa, afirma que uma das principais razões por trás do fracasso de muitas empresas é a má governança financeira. Zahra diz que, entre os riscos, a sua má aplicação pode expor as empresas a riscos como fraudes, desfalques e tomada de decisões fracas, que podem rapidamente diminuir a confiança dos stakeholders.
Para Zahra, o uso de uma plataforma de gestão que unifique ou dinamize a divulgação de dados, controles e procedimentos financeiros automatizados, auditorias internas e externas e um único banco de dados podem ajudar a governança financeira das empresas.
O estudo da Healthcare Financial Management Association, do Reino Unido, em parceria com a PwC afirma que a governança financeira inadequada é um problema comum e elenca cinco situações que são frequentemente vistas quando negligenciada:
Este conteúdo foi feito em parceria com a Accountfy.