Apesar de maioria no Brasil, representando 56% da população do país, as pessoas negras seguem enfrentando barreiras no mundo corporativo. E o problema da diversidade racial nas empresas fica ainda mais evidente nos cargos de liderança.
Hoje, menos de 30% dos profissionais pretos e pardos ocupam cargos gerenciais no Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica), uma disparidade também visível na remuneração: eles recebem salário médio em torno de 40% inferior ao de pessoas brancas.
Essas desigualdades trazem à tona a necessidade de uma revisão nas políticas de equidade nas empresas. E, apesar de uma maior diversidade racial ser responsabilidade de todos os níveis hierárquicos e permear a cultura da organização, os times de RH estão na linha de frente, como formuladores de soluções e de alternativas.
No Mês da Consciência Negra, selecionamos 10 livros que jogam luz sobre o tema. Confira!
Um livro para pessoas brancas entenderem que, mesmo acreditando que não são racistas, ainda cometem deslizes, com palavras ou em comportamentos inadequados. Para a norte-americana DiAngelo, negar o racismo impede que o problema seja discutido, silencia quem sofre preconceito e esconde um sentimento que a autora chama de “fragilidade branca”.
Por que ler: o livro é um best-seller internacional e, de acordo com a psicanalista Vera Iaconelli, ajuda pessoas brancas a compreender o tema de um jeito mais consciente, sem ficar na defensiva.
Um guia prático para quem quer entender o que é preconceito racial e por que é tão urgente e importante se engajar na luta antirracista. A autora, filósofa e ativista, ensina como rever comportamentos, aprofundar a percepção a respeito de discriminações estruturais e atuar na transformação da sociedade.
Por que ler: Prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências Humanas, o livro de Djamila tem um capítulo intitulado “Transforme seu ambiente de trabalho” que trata da inclusão e da diversidade racial nas empresas.
Amplamente adotado no mundo corporativo, revela o olhar de quem atuou por 13 anos com sustentabilidade e diversidade em grandes empresas no Brasil e na América Latina e conviveu com líderes inclusivos numa época em que diversidade étnica era novidade no mercado de trabalho.
Por que ler: para conhecer histórias e reflexões da CEO e fundadora da Gestão Kairós, consultoria que está no “101 Top Global Diversity and Inclusion Leaders”. Além de didático, o livro é objetivo, com 80 páginas recheadas de boas dicas e reflexões.
Com dados esclarecedores, o filósofo e advogado Silvio Almeida explica o conceito de racismo estrutural e mostra que esse tipo de discriminação está infiltrado nas instituições, na cultura, na economia, na política e na sociedade.
Por que ler: para entender os diferentes tipos de racismo explicados por um dos grandes especialistas do Brasil e, com essas ferramentas, trabalhar a diversidade de forma mais assertiva na sua empresa .
Filho de militantes do movimento negro, o jornalista norte-americano Ta-Nehisi Coates conta, por meio de uma longa e apaixonada carta ao filho de 15 anos, uma série de experiências reveladoras que acabam por se transformar em uma profunda reflexão sobre racismo.
Por que ler: recomendado por personalidades como Barack Obama, o livro já liderou a lista do jornal The New York Times. Como roteirista da HQ Pantera Negra, Coates viu suas histórias servirem de inspiração para o fenômeno cinematográfico Black Panther, com Chadwick Boseman.
“A obra é fundamental para se entender as nuances das opressões”, diz Djamila Ribeiro no prefácio da edição brasileira. Ao abordar a escravidão e o racismo, a autora norte-americana analisa a maneira como o preconceito é capaz de estruturar as sociedades e afirma que o entendimento dessa mecânica é essencial para quem busca um modelo de sociedade mais justo e diversificado.
Por que ler: para conhecer a visão da filósofa, escritora, professora e ativista que, desde a década de 1960, luta pelos direitos das mulheres e da população negra.
A obra desconstrói a ideia de que o Brasil é uma democracia racial e de que o verdadeiro problema das pessoas negras não seria o preconceito, mas sim a pobreza. A partir de uma análise do período da escravidão, o autor expõe as raízes da discriminação e do racismo institucionalizado.
Por que ler: para conhecer a visão de um dos maiores ativistas negros no Brasil, reconhecido pela Unesco por sua luta contra a discriminação racial.
Neste livro, a diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) aborda a desigualdade racial no ambiente de trabalho e dá voz a personagens como executivos, atores, jornalistas, porteiros e domésticas.
Por que ler: para vestir os “óculos da raça”, como diz Luana no prefácio, e se colocar no lugar do outro a fim de realmente entender como a questão racial influencia trajetórias pessoais e profissionais.
Best-seller mundial, é um guia indispensável para quem quer compreender o tema: o que é exatamente, como funciona, como lidar e como falar de raça de forma eficaz e gentil em casa, com os amigos e no trabalho.
Por que ler: para promover a diversidade nas empresas, em primeiro lugar é preciso refletir sobre o conceito de raça. A escritora e palestrante Oluo é a pessoa certa para esclarecer todas as dúvidas.
Quem são os executivos negros? Que cargos ocupam? Quais caminhos percorreram para chegar onde estão? Para responder a essas e outras questões e derrubar o mito da democracia racial, o autor analisou as trajetórias de duas gerações de executivos negros em São Paulo.
Por que ler: o livro venceu o Prêmio Jabuti 2017, na categoria Economia, Administração, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer.
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