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Entenda o que é design organizacional, uma das prioridades do RH em 2023

Por Livia Sampaio · 14 fev 2023
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Início de ano é o período ideal para definir prioridades. E, no mundo do RH, o design organizacional está entre as principais do ano. Segundo a pesquisa “Top 5 Priorities for HR Leaders in 2023”, da Gartner, com 800 líderes de RH em 60 países, o design organizacional e a gestão de mudança estão no topo da lista de prioridades do ano para 53% dos entrevistados.

A técnica, que ganha cada vez mais espaço, está relacionada à reorganização das empresas em busca de melhores resultados, tanto para o negócio como para as relações internas. Em um cenário de grandes rupturas que acompanhamos nos últimos anos no mundo do trabalho, o design organizacional ajuda a criar uma estrutura sólida para mudanças.

De acordo com o designer organizacional e facilitador Rodrigo Bastos, da Target Teal, toda organização tem um desenho. “Resta a cada uma escolher se quer um design intencional ou acidental. Deixar ao acaso algo tão importante e só olhar para o negócio pode ser desastroso no curto, médio ou longo prazo. É só uma questão de tempo.”

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Confira a seguir os fundamentos do design organizacional e como ele pode ajudar a sua empresa:

O que é design organizacional

Design organizacional é o processo de projetar e implementar estruturas, sistemas, políticas e práticas que influenciam a forma como uma empresa funciona. Esse processo é usado para alcançar objetivos estratégicos, como aumentar a eficiência, melhorar a comunicação e a satisfação dos funcionários.

Essas mudanças abrem caminho para a implementação de uma nova mentalidade, aproximando os colaboradores dos objetivos traçados para o negócio. “Ele integra a visão e a ação na estrutura da organização, ou seja, coloca suas políticas, práticas de gestão, ferramentas e sistemas com um olhar sobre a cultura organizacional”, afirma o designer organizacional Rodrigo Bastos.

De acordo com o profissional, o trabalho começa com a construção de um mapa. “Após esse mapeamento, propomos mudanças nos sistemas, ferramentas, políticas… As mudanças precisam ser feitas de maneira paulatina e iterativa, pois nunca temos certeza do resultado. Estamos lidando com sistemas sociais que são, em sua essência, sistemas complexos.”

Nas empresas, os sistemas sociais são as estruturas, processos, normas, valores e relacionamentos que guiam toda dinâmica da organização e influenciam o comportamento das pessoas.

Para que serve a técnica?

O design organizacional cria uma estrutura que suporta a realização de tarefas e metas dentro de uma empresa. Isso inclui a definição de autoridade e responsabilidades, a criação de canais de comunicação eficazes e a implementação de sistemas de feedback para garantir que as tarefas estão sendo realizadas de forma adequada.

Por exemplo, imagine uma empresa de tecnologia que precisa aumentar a eficiência e a agilidade para acompanhar o ritmo rápido de inovação. O design organizacional pode ser usado para analisar a estrutura da companhia e identificar pontos de melhoria, como a complexidade excessiva dos processos de tomada de decisão, a ausência de uma comunicação clara entre departamentos e até mesmo a falta de recursos alocados para inovação.

A partir daí, a equipe de design organizacional pode trabalhar com os líderes do RH e das áreas para reestruturar a organização, implementar processos mais eficientes e criar uma cultura que valorize a inovação e a colaboração interdepartamental. Como resultado, a empresa pode tornar-se mais ágil, responder mais rapidamente às mudanças no mercado e melhorar sua competitividade no longo prazo.

Como o design organizacional atua na gestão de pessoas

1. Melhora a eficiência e a eficácia das tarefas, como gerenciamento de pessoal e treinamento de funcionários;

2. Facilita a comunicação entre os funcionários e os líderes, o que ajuda a garantir que suas necessidades sejam ouvidas e atendidas;

>3. Aumenta a satisfação dos funcionários, o que pode levar a uma melhoria na retenção de talentos;

4. Ajuda a garantir que as necessidades do negócio sejam atendidas, como a flexibilidade e adaptabilidade em um ambiente de trabalho em constante mudança;

5. Facilita a implementação de práticas e políticas de Recursos Humanos, como programas de desenvolvimento de carreira e benefícios para os funcionários;

6. Ajuda a identificar e a solucionar problemas relacionados ao RH, tais como questões de cultura organizacional ou questões de diversidade e inclusão.

O design organizacional e os novos modelos de trabalho

Uma das principais vantagens do design organizacional é permitir que as organizações se adaptem rapidamente a mudanças, como a necessidade de trabalhar de forma remota ou colaborativa. Ao construir processos e políticas de maneira clara e transparente, ele auxilia a estabelecer, por exemplo, um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

A técnica também ajuda a garantir que as equipes estejam preparadas para lidar com o aumento da complexidade e a incerteza no mundo atual. “Trabalhamos identificando primeiro quais são os pontos de intervenção que têm maiores chances de diminuir as diferenças entre o que as pessoas estão percebendo e aquilo que elas gostariam que acontecesse”, afirma Bastos.

Sem esse planejamento, para o design organizacional, as empresas enfrentam dois grandes males: “O primeiro é a adoção acrítica e atrapalhada das ‘melhores práticas de gestão’. O segundo mal, que também é comum, é a dependência e a valorização de líderes heróis, que na maioria das vezes acabam se tornando anti-heróis, aqueles que incendeiam a casa para depois atuarem como bombeiros.”

E a atuação do líder de RH é decisiva nesses processos de mudanças. A pesquisa da Gartner mostrou que os CHROs, ou seja, os líderes de RH na sigla em inglês, podem fazer a diferença ao ajudar colaboradores a diminuir a fadiga da mudança e apoiá-los ao lidar com uma nova abordagem mais colaborativa, e não de cima para baixo. Assim, o funcionário é envolvido em todo processo, em vez de simplesmente acatar ordens.

Dados da pesquisa mostram que empresas que adotam essa abordagem têm 14 vezes mais chances de sucesso na mudança, com redução de 29 pontos percentuais no risco de fadiga da mudança entre funcionários e aumento de 19 pontos na intenção de permanência na companhia.

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