Abrilhantando o começo da tarde do quarto dia do RH Summit, Nara Zarino, head of people experience do Zé Delivery, trouxe considerações importantes sobre o Case Zé Delivery: Como fortalecer uma cultura de desenvolvimento. A palestra foi conduzida por Jéssica Martins, curadora do evento.
O começo da explanação foi muito focado no investimento em pessoas e como isso influencia a forma como elas vão performar e ficar felizes dentro das empresas.
As pessoas buscam se desenvolver para ter um propósito e enfrentar desafios. O trabalho com OKRs ajuda muito nessa cultura, já que os objetivos são mais mensuráveis e ajudam as pessoas a estarem em constante desenvolvimento.
Um ponto abordado na palestra é que no Zé Delivery não há plano de carreira, mas sim trilhas de carreira. As pessoas podem mudar de área de acordo com as suas habilidades e seu processo de desenvolvimento como profissional.
Cada pessoa conta com um repertório diferente que pode ser desenvolvido. Os colaboradores possuem ideias inovadoras e diversas, de modo que existe sim a necessidade dos departamentos, mas a empresa também trabalha com as necessidades individuais dos colaboradores.
As trilhas de carreiras são a escolha para a empresa devido à quantidade de mudanças que acontecem no negócio a todo momento. Com esse modelo de trilhas, é possível dar o suporte e o respaldo necessários para que as pessoas possam aproveitar o que tem de melhor.
Muitas vezes, a transição entre trilhas até mesmo é motivada quando é percebido que o colaborador tem algum potencial que pode ser muito bem desenvolvido em outro setor da empresa.
Além da questão das trilhas de carreira, a palestrante comentou um pouco sobre o programa Fortalecer ou FortaleZé, criado após a rodagem da pesquisa do Great Place to Work no Zé Delivery.
A partir da pesquisa, foi observado que, embora em diversos aspectos a empresa fosse muito bem, o quesito desenvolvimento ainda podia melhorar. Com isso, o programa foi criado em várias frentes.
A primeira delas foram as jornadas de desenvolvimento das lideranças. Começando por elas, foi possível obter um efeito cascata para que os demais colaboradores também estivessem com a cultura do desenvolvimento aflorada.
Depois disso, foram feitas mentorias com os próprios profissionais que já atuavam no Zé Delivery. Alguns passaram o conhecimento que já possuíam e outros receberam esse conhecimento por meio dos colegas.
Outra frente foi a criação de um site interno, onde todos os colaboradores puderam ter acesso aos treinamentos realizados. Isso fez com que até quem entrasse na empresa depois pudesse ter acesso ao conhecimento.
Por fim, a frente que está sendo desenvolvida agora não é sobre soft skills, mas sobre saúde mental. São feitos projetos de yoga, mindfulness, entre outros. Além disso, é criado um espaço de segurança psicológica para que os profissionais não tratem o assunto saúde mental como um tabu.
Também foi abordada a questão da logística e ferramentas necessárias para fazer o projeto dar certo. A palestrante comentou que, por ser um projeto piloto, não foi preciso contratar uma plataforma, somente utilizar o Forms. Porém, a ideia agora é automatizar o processo para ter ainda mais escalabilidade.
Muitas vezes alguns processos não vão para frente ou demoram para serem executados porque se entende que é preciso de plataformas e tecnologias mais avançadas. No entanto, é possível começar pequeno para depois investir nessas questões.
Outro ponto importante foi a questão da avaliação 360º dos colaboradores, que contou com a participação e feedback dos profissionais. Isso tornou o processo muito mais interessante e colaborativo.
Em relação à questão do desenvolvimento e da ajuda financeira que a empresa proporcionou para seus colaboradores, foi mencionada a parceria com a empresa Flash Benefícios, que viabilizou o processo.
Por meio da Flash, os colaboradores receberam o cartão multibenefícios com um valor de R$ 1.750 para que pudessem se desenvolver ainda mais. Os profissionais têm autonomia para decidir onde o valor será investido e o que deve ser feito com foco na busca de conhecimento por meio de cursos de idiomas e eventos, por exemplo.
O Zé Delivery também ofereceu incentivos para que os colaboradores pudessem trabalhar de forma remota com o máximo de conforto, os quais estavam relacionados à montagem da estação de trabalho em casa. A empresa ainda oferece Auxílio Home Office para ajudar no pagamento de custos com internet, luz, entre outros.
A palestrante também comentou sobre o seu projeto de embaixadores da cultura. Foi feita uma votação totalmente democrática entre os colaboradores para eleger embaixadores de cada um dos valores principais da empresa. O projeto foi realizado pela área de cultura, diversidade e inclusão da empresa.
Em relação à postura estratégica que o RH deve ter, foi abordado que a criação da cultura de desenvolvimento de uma empresa é feita com o auxílio do RH, que cria ações focadas para atingir esse objetivo.
Além disso, é preciso que a empresa fomente e motive uma percepção do desenvolvimento, além de oferecer estratégias para as pessoas se desenvolverem. Isso significa que, além de aprender, elas precisam reconhecer como o seu desenvolvimento está impactando o dia a dia do seu trabalho.
Por fim, foi falado sobre a postura que o RH deve ter para preparar as pessoas para os desafios do mundo corporativo durante a pandemia, inclusive com a questão do Mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível).
É preciso olhar para os mesmos objetivos da empresa e ser mais estratégico em relação aos seus negócios, sendo essencial que haja um alinhamento entre a comunicação e o desenvolvimento.
Precisamos incentivar a cultura de aprender e ouvir, testando as soluções aos poucos para depois escalá-las em todas as áreas da empresa. Tudo isso deve ser sempre acompanhado pelo alinhamento do desenvolvimento e da performance dos profissionais.
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