O contexto de pandemia da COVID-19 fez muitas empresas adotarem o modelo de trabalho home office para seus colaboradores. Muitas delas, no entanto, ainda não estavam preparadas para essa implementação. Assim, dúvidas surgiram em torno de como realizar a ajuda de custo home office com funcionários trabalhando de casa.
No trabalho remoto, não é mais necessário ter gastos com o vale-transporte, por exemplo. Por outro lado, a empresa deve ajudar com infraestrutura, como:
Essa definição parte do pressuposto que há redução de gastos no local de trabalho – como luz, internet e água, por exemplo. Ele, no entanto, passa a utilizar as mesmas coisas para seguir trabalhando, mas dessa vez 100% do tempo em casa.
Ou seja, os custos seguem existindo, mas é o colaborador quem acaba “pagando a conta” utilizando a residência como alocação para o trabalho.
É importante que haja uma definição de consenso entre empregador e empregado. Para isso, há um cálculo de ajuda de custo home office para auxiliar gestores a criarem uma política justa e que não impacte na gestão financeira.
Antes, vamos explicar melhor o que diz a legislação da CLT em relação às despesas de profissionais trabalhando de casa.
O home office é uma realidade atualmente, mas já há uma lei que o engloba há alguns anos. A lei nº 13.467 na reforma trabalhista em 2017 classificou o trabalho prestado fora das dependências do empregador como teletrabalho.
Por mais que o termo mude, as definições são as mesmas. De acordo com o art. 2º da CLT, o empregador tem a obrigação de custear as despesas do seu negócio.
Isso significa que, nesse regime, quando o colaborador exerce a profissão de maneira remota, e tem custos para isso, a empresa deve reembolsá-lo.
Porém, mesmo com o amparo da lei, é necessário registrar qualquer tipo de acordo formalmente para que ambas as partes tenham mais segurança.
A lei tem suas definições de que o empregador deve arcar com os gastos para o funcionamento do negócio. No entanto, o que define a maneira como isso será feito são os contratos de trabalho.
Se o colaborador ainda não tem um acordo firmado de teletrabalho, é preciso fazer com que esse contrato escrito seja criado e aceito. Nele, serão apontadas as diretrizes e até como será feito o reembolso de despesas.
Há três despesas principais que guiam todo o cálculo de ajuda de custo para colaboradores home office: energia elétrica, telefone e internet.
É claro que a empresa não custeará a totalidade desses gastos. Por isso, é importante saber como computar corretamente cada um deles visando menor impacto nas finanças da organização, mas sem deixar de ressarcir o funcionário de maneira certa.
Abaixo, preparamos uma explicação para cada um desses custos para te auxiliar nesse cálculo. Confira.
A forma mais simples de calcular o consumo de eletricidade relativo ao trabalho do colaborador é por meio dos aparelhos utilizados.
Para fazer esse cálculo, você precisa:
Imagine que um notebook consome em média 50 watts. Ou seja, 0,05 kW. Confira o cálculo abaixo.
0,05 kW x 8h diárias x 21 dias úteis = 8,4 kW mensais
8,4kW mensais x R$0,62* = R$5,28 mensais
*média do custo para kW em residências de São Paulo, segundo a ENEL
Essa é a forma de calcular o consumo de cada equipamento utilizado pelo colaborador. Algumas empresas costumam calcular também o consumo das lâmpadas do cômodo em que o empregado utiliza para trabalhar.
Esse é o cálculo mais simples de fazer e comprovar na ajuda de custo home office. Basta apontar no demonstrativo da linha as ligações que foram feitas para o trabalho e o valor cobrado para cada uma.
A internet móvel pode ser calculada com base no consumo médio de dados das tarefas. Ao somá-los é possível entender o quanto da internet do colaborador está sendo usada para o trabalho.
Alguns exemplos consumo por tarefa são:
Para internet fixa, é possível computar o valor de acordo com o uso do colaborador. O valor da contratação mensal da rede será dividido em horas trabalhadas, sendo a empresa responsável por pagar o custo do período total de trabalho do funcionário.
Veja o exemplo abaixo:
Internet 100mb = R$200/mês = R$6,67/dia = R$0,275/hora
Se o colaborador a utilizasse 8 horas por dia, 5 dias por semana, o total seria de R$46,20 para um total de 21 dias comerciais.
Além dessa solução, é possível utilizar simuladores de consumo de internet. Eles trazem um valor mais exato dessa conta, além de serem mais práticos.
Essas são as melhores formas de fortalecer o compliance e fazer o reembolso exato dos valores que o colaborador gastou para manter a operação.
Fazer as contas exatas pode ser muito trabalhoso para os profissionais do financeiro. Por isso, há formas de agilizar e automatizar esse processo. Nesse ponto a Flash Expense entra para solucionar seus problemas.
Com a nossa solução, os colaboradores podem solicitar o reembolso via app de forma simples e rápida. Além disso, é possível estabelecer regras e avisos para manter a política de reembolsos forte e respeitada.
Os benefícios para o gestor financeiro e sua equipe são maiores ainda. Nossa ferramenta pode ser integrada ao ERP da empresa visando manter os dados centralizados, gerando relatórios de acompanhamento em poucos cliques.
Agora que você já sabe como calcular os custos dos funcionários que estão trabalhando remotamente, é hora de ver como nós podemos te ajudar na prática.